terça-feira, 13 de maio de 2014

H. R. Giger

Porque a melhor homenagem que se pode fazer a um artista é mostrar a sua obra:


(carregar na imagem para ver melhor)



segunda-feira, 21 de abril de 2014

Coolbooks

Explodiu hoje nas redes sociais uma nova chancela da Porto Editora, a Coolbooks, que aposta forte em autores desconhecidos para o mercado digital.

A filosofia por detrás desta marca é dar a possibilidade de publicação a autores estreantes, que a Porto Editora não quer arriscar numa impressão física. Quase de certeza, os planos incluem uma impressão física caso se gere uma mediatização do ebooks

Os ebooks são mais baratos do que os ebooks usuais (3€ a 9€) e incluem formatos menos comuns (o que é de louvar) como o conto e a novela. No entanto, em algumas reacções que já recolhi de amigos, muitos não estão dispostos a gastar tanto num "novato".

Por outro lado, outra das características que poderá afunilar a procura destes ebooks é o facto de apenas estarem disponíveis em eWook, deixando de parte os leitores digitais hardcore que têm e-readers. No entanto, para quem gosta de ler no PC/tablet/telemóvel e não se importa de nunca ter realmente o ficheiro do livro em seu poder, este não será um factor que os demova..

Pessoalmente, acho que é uma óptima iniciativa, que permitirá à Porto Editora experimentar com o mercado com menos medo e dará aos leitores um conjunto novo de autores que poderão dar um folgo novo ao que se costuma ver editado em Portugal.

Até 25 de Abril, parece que todos os livros estão com 50% de desconto no site da Wook (mas não no da editora).

De destacar as capas dos romances juvenis de Rui Péricles, que fazem lembrar o filho perdido das capas da colecção Vampiro com os cartazes de filmes pulp. Gosto bastante.


sábado, 12 de abril de 2014

Jardim venenoso de Alnwick

Existe em Inglaterra, mais especificamente Alnwick, um jardim totalmente dedicado às plantas mortíferas. Farta de ver jardins dedicados a plantas medicinais, a Duquesa de Northumberland decidiu criar um espaço onde as crianças poderiam aprender como é que as "plantas matam, quanto tempo demoram, e quão horrível e dolorosa a morte poderá ser".


Embora o primeiro jardim reporte a 1750, as suas actuais valências são bem mais recentes, 1991. Lá podemos encontrar milhares de plantas mortais e modificadoras da consciência, desde a beladona ao ópio e passando pela cannabis.



As plantas mais perigosas estão fechadas em jaulas, não vão elas atacar os visitantes.


Para os visitantes menos mórbidos e interessados, poderão sempre optar pela visita ao castelo de Alnwick onde foram filmadas cenas dos dois primeiros filmes do Harry Potter.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Dia Mundial do Contador de Histórias


É já este dia 20 de Março o Dia Mundial do Contador de Histórias.


Contar histórias é a base da comunicação e, diria eu, a base de toda a sociedade. Arriscaria dizer que é maneira principal pela qual adquirimos informação (cerca de 65% da conversa são histórias). Durante um só dia contamos imensas histórias, por vezes imitamos até o tom e os maneirismos das várias personagens. E quem é que nunca exagerou ou minorou um bocadinho algo? Contar uma história também é interpretar. Não só estamos a oferecer um bocadinho do Mundo a alguém, como estamos também a dar uma determinada perspectiva, ou várias, plantando ideias na mente dos outros.


Está já estudado que quando ouvimos uma história não é apenas a parte do nosso cérebro que descodifica palavras em significados que mostra uma maior actividade, mas também todas as outras envolvidas em sentir o que é contado. Por isso é que as histórias são tão poderosas. 

Até Jesus, segundo a mitologia cristã (fortemente apoiada em histórias), decidiu transmitir os mistérios divinos sob a forma de parábolas, para tornar fácil a compreensão ao Homem. Até o próprio mundo foi criado pela palavra.

In principio erat Verbum et Verbum erat apud Deum et Deus erat Verbum

Uma história tanto esconde, cobrindo com o diáfano manto fantasia a nudez crua da verdade (Eça de Queirós), como revela, deixando o ouvinte apalpar melhor antes de realmente ver, sentir antes de inteligir.

Na verdade, quando tudo o resto desaparece, o que ficam são as histórias, sejam elas verdadeiras ou não. Citando Alexandre Dumas "É legitimo violar a História se os filhos forem lindos!" Será que alguma vez ele disse isto? Foi a história que me venderam e é ela a que vos vendo a vocês.

Tive a sorte de crescer ao colo de um avô contador de histórias, que me ensinou tudo o que havia a saber sobre as lendas da região e me pegou o bichinho de tentar enfeitiçar alguém pela palavra. É o que tento, em cada história que escrevo.


quarta-feira, 12 de março de 2014

Sorteio Fantástica Literatura Queer - Volume Amarelo


Tal como prometido, aqui vai um sorteio.



Desta vez, o livro é o volume amarelo da colecção "A Fantástica Literatura Queer" da editora Tarja (Brasil). Esta colecção pretende explorar histórias (na forma de contos) que, de uma maneira ou de outra, explorem temáticas Queer (identidade sexual, orientação sexual, etc). É de louvar que tenha lançado todos os volumes desta colecção, mesmo se avizinhando o fim da editora.



No volume amarelo poderão encontrar uma pequena história minha que brinca um pouco com os papéis sociais esperados de cada sexo, usando para isso um casal de seres de outro planeta.

Para se habilitarem a ganhar o livro basta preencher o formulário abaixo, viver em Portugal ou no Brasil e ser fã no facebook da minha página de autor. Boa sorte!

domingo, 9 de março de 2014

A Noite de Lorde Byron

Estou cansado, ainda da fantástica noite que passei ontem diante de uma mesa de ferro rodeada de colegas escritores, cada um entregue aos seus contos. Uns escreviam a papel, outros no computador, outros ainda num regime misto. Estávamos numa oficina, onde noutros dias se costurava e trabalhava a madeira, mas que, naquela noite dedicada a Byron, se burilava a palavra.


Ao toque horário do sino descíamos ao andar de baixo para buscar mais um café, mais um chá, mais dois dedos de conversa na noite fria que exigiu que utilizássemos todos os aquecedores disponíveis.

Começámos a noite com um conjunto de curtas metragens, de autores nacionais e estrangeiros. Seguiu-se de um pequeno intervalo onde os autores circularam pela banca de zines e a da Fyodor Books. Nos minutos seguintes ouvimos o João Reixa a declamar poesia, encantando-nos com as palavras de Edgar Allan Poe, Soares dos Passos e Sophia de Mello Breyner.

Seguiu-se a assinatura de um compromisso: naquela noite todos fariam os possíveis para terminar um conto de terror. E foi isso que aconteceu. É bom estar rodeado de escritores enquanto se escreve. Talvez seja uma espécie de empatia de remador de galé romana.


Só num grupo de escritores se vê isto:

- Mal chegavam à Taberna das Almas, uma espécie de força magnética os atraia para o conjunto de estantes recheadas de livros.
- Quando as forças para escrever se esgotaram, por volta das 3h da manhã, depressa se mergulhou numa tertúlia dominada por histórias mais ou menos fantasiosas.
- Os que ficaram até às 6h30 entreteram-se com jogos narrativos improvisados, confiando unicamente na palavra e uns lançamentos de moeda para imaginarem uma história em conjunto.

Espero que o evento se repita, mais e melhor.