É já este dia 20 de Março o Dia Mundial do Contador de Histórias.
Contar histórias é a base da comunicação e, diria eu, a base de toda a sociedade. Arriscaria dizer que é maneira principal pela qual adquirimos informação (cerca de 65% da conversa são histórias). Durante um só dia contamos imensas histórias, por vezes imitamos até o tom e os maneirismos das várias personagens. E quem é que nunca exagerou ou minorou um bocadinho algo? Contar uma história também é interpretar. Não só estamos a oferecer um bocadinho do Mundo a alguém, como estamos também a dar uma determinada perspectiva, ou várias, plantando ideias na mente dos outros.
Está já estudado que quando ouvimos uma história não é apenas a parte do nosso cérebro que descodifica palavras em significados que mostra uma maior actividade, mas também todas as outras envolvidas em sentir o que é contado. Por isso é que as histórias são tão poderosas.
Está já estudado que quando ouvimos uma história não é apenas a parte do nosso cérebro que descodifica palavras em significados que mostra uma maior actividade, mas também todas as outras envolvidas em sentir o que é contado. Por isso é que as histórias são tão poderosas.
Até Jesus, segundo a mitologia cristã (fortemente apoiada em histórias), decidiu transmitir os mistérios divinos sob a forma de parábolas, para tornar fácil a compreensão ao Homem. Até o próprio mundo foi criado pela palavra.
In principio erat Verbum et Verbum erat apud Deum et Deus erat Verbum
Uma história tanto esconde, cobrindo com o diáfano manto fantasia a nudez crua da verdade (Eça de Queirós), como revela, deixando o ouvinte apalpar melhor antes de realmente ver, sentir antes de inteligir.
Na verdade, quando tudo o resto desaparece, o que ficam são as histórias, sejam elas verdadeiras ou não. Citando Alexandre Dumas "É legitimo violar a História se os filhos forem lindos!" Será que alguma vez ele disse isto? Foi a história que me venderam e é ela a que vos vendo a vocês.
Tive a sorte de crescer ao colo de um avô contador de histórias, que me ensinou tudo o que havia a saber sobre as lendas da região e me pegou o bichinho de tentar enfeitiçar alguém pela palavra. É o que tento, em cada história que escrevo.
Na verdade, quando tudo o resto desaparece, o que ficam são as histórias, sejam elas verdadeiras ou não. Citando Alexandre Dumas "É legitimo violar a História se os filhos forem lindos!" Será que alguma vez ele disse isto? Foi a história que me venderam e é ela a que vos vendo a vocês.
Tive a sorte de crescer ao colo de um avô contador de histórias, que me ensinou tudo o que havia a saber sobre as lendas da região e me pegou o bichinho de tentar enfeitiçar alguém pela palavra. É o que tento, em cada história que escrevo.