segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A Noite de Lorde Byron




O que é?
A Noite de Lorde Byron é um evento que desafia um conjunto de autores a reunir-se e cada escrever um conto de terror durante a noite.

O evento terá lugar no dia 8 de Março de 2014 no Porto e em Lisboa, com começo às 20h30.

Nas primeiras duas horas e meia o espaço encontrar-se-á aberto ao público em geral. Pretende-se que seja um local de encontro entre os vários entusiastas da literatura e de troca de experiências, que temos a certeza que honrarão as conversas que Byron teve com os seus convivas.

A partir das 23h, apenas os escritores ficarão no espaço e o evento poderá ser seguido on-line.

Qual foi a inspiração para o evento?
Em 1816, Lord Byron convidou os seus amigos para uma festa na sua mansão na margem do Lago Leman, na Suiça. Nessa noite chuvosa, ele desafiou os seus convidados, de etre eles Percy e Mary Shelley e John Polidori, que escrevessem uma história de terror.

Algum tempo depois, surgiram dois clássicos da literatura: "O Vampiro" de John Polidoru e "Frankenstein, ou o Prometeu Moderno" de Mary Shelley.

Passados quase 200 anos, na Feira do Livro de Porto Alegre (Brasil), Cesar Alcázar e Duda Falcão organizaram um desafio de nome "Tu Frankeinstein" em que um conjunto de autores se comprometia a escrever um conto durante uma noite fechados na Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul.

Poderão ler resenhas à noite aqui, aqui e aqui.



Inspirados, decidimos pegar nesta ideia e reinventá-la em Portugal.

O desafio será praticamente o mesmo: escrever uma história de terror durante uma noite. Porém, queremos que este evento tenha també uma faceta pública e de encontro (autores com autores, leitores com leitores e autores com leitores e todas as demais combinações possíveis).

Mais informações no blogue e Facebook oficial.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Cadeia de passatempos

Apetece-me comemorar. Não importam muito bem o quê, sinceramente.

Serão os mais de 600 downloads no Smashwords? Ou será o facto de terem passado 5 anos desde que tive o meu primeiro texto disponível para o público em geral? É por ter já participando num bom número de colectâneas que me deixam orgulho (com participação em mais duas no Brasil a caminho)?

Na prática, o que significa é que vou fazer uma série de passatempos para que toda a gente entre em festa comigo.

Vou começar por oferecer uma das melhores colectâneas em que já participei, o "Lisboa no Ano 2000" organizada pelo João Barreiros. Nesta antologia fala-se numa lisboa retrofuturista alimentada a electricidade como imaginavam os contemporâneos de Tesla.

A minha participação nesta antologia, pelas palavras de Artur Coelho, é "Um conto de espionagem onde um agente da grande Alemanha se faz passar por aristocrata português é o mote de Carlos Silva para uma reflexão sobre os limites, ou antes, a falta de limites da ambição humana."


Para participar, basta fazer like na página oficial do Facebook e preencher o formulário abaixo. Poderão concorrer tanto leitores de Portugal como do Brasil. Só serão consideradas inscrições cujo o titular tenha um like na página de facebook.

Boa sorte!





quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Concursos de literatura

Têm-se multiplicado nos últimos dias concursos para submissão de textos a editoras, revistas e sites. Deixo aqui os que tenho apanhado.

Começo pelo apelo do Club Otaku, um site dedicado à cultura japonesa, que decidiu pedir micro-contos (não mais de 350 caracteres) e que promete prémios para os mais votados.



Os dois seguintes são de instituições maiores e com fins lucrativos, o que tem gerado algum burburinho nas redes sociais. Uma delas por não oferecer qualquer tipo de compensação financeira (apenas a fama de publicar com a marca associada); a outra, embora ofereça um prémio pecuniário bastante bom, alguns afirmam que caso o livro tenha muito sucesso, o autor fica a perder (o autor apenas recebe mais dinheiro para além dos 3000€ após a venda de 4000 exemplares). É bastante curioso ver que a comunidade literária em que me movo se preocupa com estas questões e que a escrita é cada vez mais encarada como algo que merece recompensa monetária justa, caso os organizadores também a tenham.

Por outro lado, ambos os concursos abrem obras a um público maior que o de Portugal (a Granta pelo seu carácter internacional, o Bang! por o livro ser publicado dos dois lados do Atlântico). Síndrome do mercado "aqui ninguém nos lê", ou vontade de conquistar?

Outra questão que me fez reflectir foi um comentário da editora Safaa Dib que afirmou que poderá ser do interesse da editora publicar outras obras submetidas a concurso para além da vencedora. Isso quererá dizer que sem concurso os autores não submetem obras para a Saída de Emergência?



sábado, 18 de janeiro de 2014

Lusitânia

Durante 2 anos e alguns meses acarinhei e dei o meu máximo (juntamente com o resto da equipa) por um projecto com uma identidade diferenciadora e promessa de sucesso.

Aprendi imenso em todas as fases da publicação, assim como com todos os escritores, ilustradores, leitores, etc, com quem contactei neste percurso. Foram muitas horas perdidas, muito stress, mas, felizmente, muitas alegrias e motivos de orgulho. Até recebi um postal e tudo!


Infelizmente, por motivos pessoais terei de me afastar da edição da mesma. Espero que a Lusitânia cresça e que a equipa que se mantém a eleve a estratoesferas literárias que eu nem sonhei. Confesso que estou curioso em saber em como a 3ª edição vai resultar, quanto do que já foi feito fica, quanto é que irá ser mudado.

Obrigado a todos pela companhia nesta viagem que acaba agora, com a certeza que há novas montanhas a escalar.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

5 anos de Morrighan


 A Sofia, o rosto por detrás do Blog Morrighan, ousou ir onde nenhum blog de literatura foi e organizou um evento com convidados de peso e propostas interessantes. Para além disso, conseguiu assim trazer algumas pessoas com quem tenho prazer de conversar a Lisboa. E é sobre pessoas que este post é.

Primeiro de tudo, tenho de dizer que admiro imenso a Sofia, pela sua força, perseverança e capacidade de empatia que a tem levado longe.

Em segundo lugar, é com gosto que eu vejo o Mário Coelho a ganhar o primeiro lugar do concurso de contos (Parabéns! Eu bem te disse que escreves bem e tens bons mundos construídos). E é também com gosto de ver o David Camarinha com o terceiro, um autor que peca por ser tão pouco produtivo, mas parece que vale a pena a demora.

Ao mesmo tempo, não posso deixar de referir o Pedro Cipriano, que contra todos os avisos de navegação se atirou ao maelstorm e dá provas de não ter vacilado na sua ideia de construir uma editora.

Muitos outros irão lá estar (por exemplo, um colega de escrita de Coimbra) e é esta reunião que me faz lá ir. Fazem falta eventos deste tipo para aproximarem as pessoas. Daí também estar a organizar A Noite de Lorde Byron.

Em conclusão: Eu vou lá estar, e vocês?

domingo, 5 de janeiro de 2014

Perry Rhodan (Missão Stardust)


Comecei a ler a primeira das histórias de Perry Rhodan (cuja a saga começou a ser escrita por um conjunto de autores em 1961 e que, após 2799 números, ainda não acabou). Fora alguns pormenores que fazem qualquer um revirar os olhos (os extraterrestres são praticamente humanos, etc...) está a ser uma experiência engraçada, que reflecte bem o espíritoFC da época.


Decidi escrever este post motivado por uma passagem que me fez sorrir, por tão actual que é.

Perry Rhodan chega à lua e depara-se com uma espécie alienígena que tem muito em comum com certas espécies terrestres:

"Trata-se de jogos fictícios. (...) Os seres da minha raça não se interessem por mais nada. A coisa está cada vez pior. A bordo desta nave há cerca de 50 pessoas. Raramente chego a vê-las. Quando isso acontece estão deitadas diante das telas de imagens fictícias, perdidas no seu enlevo. Nossa decadência nada tem a ver com relaxamento os costumes. Decorre da debilitação total da vontade. Tudo nos deixa indiferentes. Nada nos excita, nada nos interessa. A obra de qualquer artista novo sempre tem precedência. Todo o mundo anda tão ocupado que se apressa em gozar com a maior rapidez as delícias da criatividade artística."